QUE FASE!

A fase vivida pelo Figueirense é mais conturbada, nebulosa e obscura de todos os tempos. Um clube quase centenário, dono de uma torcida apaixonada e ao mesmo tempo desacreditada. Esse é o Figueirense, ano 1921 modelo 2017-2018-2019.

O time de fases, nos últimos sete dias teve diretor de futebol contratado, técnico (com toda a razão) expondo os problemas internos, técnico pedindo demissão, torcida arrecadando dinheiro para ajudar funcionários do clube, novo técnica anunciado, e mais um acordo entre empresa e associação. Ufa, que turbilhão. Com tudo que vem acontecendo no Estreito, dentro desse turbilhão chamado Figueirense, de promessas e mais promessas, não tenho dúvidas que o aproveitamento dentro de campo, mesmo com muita entrega e doação dos atletas, está interferindo na hora da bola rolar. 

Dentro de campo o alvinegro empatou mais uma. Ficou no 1 a 1 com o Vitória da Bahia. Nos últimos 12 pontos disputados, o Figueirense conquistou apenas 3. Agora, sem Maria, o barco estará sob responsabilidade de Vinícius Eutrópio. O treinador foi apresentado nesta quarta-feira (31) no CFT pelo direto Antônio Lopes. 

LAURO BÚRIGO

Foto: Luiz Henrique

Lauro Búrigo, ex-treinador do Figueirense e de tantas outras equipes do futebol catarinense nos deixou. O "Bruxo" como era carinhosamente chamado, vinha lutando contra um câncer, e acabou falecendo na madrugada desta quinta-feira (25) no Hospital Baía Sul.

Em 2016, Vinícius Eutrópio, o então treinador do alvinegro, participou da homenagem realizada pelo clube ao Srº Lauro.

A cidade de Florianópolis e o estado de Santa Catarina perdem uma figura folclórica e vencedora, que marcou época no futebol catarinense.  

É AGORA OU NUNCA TORCEDOR!

É agora ou nunca! O Figueirense Futebol Clube precisa de fato, da união de toda a sua torcida, assim, como de todos os conselheiros, independente de quem foi a favor ou contra o atual contrato com a Elephant, contrato este que precisa ser rescindido o mais rápido possível.

Hoje 17-07-2019 encerra o prazo dado pelo conselho deliberativo a empresa gestora do clube para prestar maiores informações a respeito dos investimentos e pagamentos realizados como manda o tal contrato. E por isso, o torcedor, precisa estar presente do lado de fora do estádio, na noite de hoje (17) para protestar pacificamente, é agora ou nunca!

O fim do poço chegou. É fornecedor não mais fornecendo, é o elenco profissional não treinando, é a categoria de base não treinando, é a dívida aumentando, é o presidente não se pronunciando... Tá feia a coisa, e pode ficar ainda pior caso o conselho não faça uma intervenção urgente no atual momento administrativo vivido pelo Figueirense.

Paulo Prisco Paraíso, Norton Boppré, Nestor Lodetti, Odorico Durieux, Wilfredo Brillinger. Presidentes que estiveram a frente do clube nos últimos 18 anos, e nunca deixaram as categorias de base e profissional sem salários atrasados. Cada um com a sua forma de administrar, mas sempre honrando com os salários dos funcionários. Seja ele atacante ou o motorista da ambulância. 

E para piorar, funcionários, atletas e torcida ficam sem uma explicação oficial da empresa gestora. Se é que podemos falar de "gestão". Acorda conselho! 

SEM SALÁRIO, SEM TREINO, SEM GESTÃO

Fogão sem gás não acende. Automóvel sem combustível não anda. Relógio sem pilha não funciona. E jogador sem salário não treina. É isso mesmo, jogador sem salário não treina, e no Figueirense, eles ganham jogo. 

Foi assim na rodada do final de semana, onde mesmo sem salários, o grupo alvinegro foi a Belo Horizonte e aplicou uma goleada (0x4) para cima do frágil América-MG. A vitória deixou o alvinegro bem na tabela de classificação. Mesmo número de pontos do quarto colocado e muito próximo também do líder da competição. Dentro das quatro linhas tudo bem administrado pelo comandante Hemerson Maria. Fora das quatro linhas, a falta de gestão vem conturbando torcida, comissão técnica e jogadores. 

Jogadores que tiveram a promessa de receber parte ou a totalidade de seus salários e direitos de imagem e não receberam. Com isso, o grupo resolveu colocar o uniforme de treino, ir até o centro do gramado para conversar com o treinador, e sair de campo, sem treinar.

Até quando? É a pergunta que torcedores, comissão técnica e jogadores estão fazendo neste momento. Até quando sem salário e até quando com esse tipo de administração?

O CLUBE DO JÁ TEVE

Foto: GloboEsporte.com

O clube que já teve média de publico superior a 10 mil torcedores no estádio, o clube que já teve mascote, o clube que já teve placar eletrônico no estádio, o clube que já teve aplicativo atualizado, o clube que já teve rádio, agora, está se tornando também, o clube que já teve coletivas de imprensa. 

O que leva um clube de futebol a não realizar coletivas de imprensa antes dos treinamentos? Fico imaginando o que estariam pensando as empresas que patrocinam o clube, expondo suas marcas nos uniformes e no backdrop da sala de imprensa, mas o clube, tendo a oportunidade de expor sua marca e a marca dos parceiros em programas de TV, opta em não realizar coletivas. Certamente deve ser permuta. Se alguém colocasse dinheiro esse alguém iria com certeza, reclamar.

Mas, ao que tudo indica, é que os comandados não recebem, e por não receber, se negam a falar com a imprensa. Eles estão no direito deles. Quem trabalha tem que receber. Caso contrário, faz de conta...

SE AINDA EXISTE, POR ONDE ANDA?

Foto: Carlos Amorim 

No final da temporada de 2011, o Figueirense Futebol Clube, através do seu departamento de marketing, anunciou a aposentadoria do "Figueirinha", até então mascote oficial do time do Estreito. Na oportunidade, foi anunciado que na temporada seguinte, a de 2012, o clube iria apresentar o seu novo mascote.

Dito e feito. Em 23 de janeiro de 2012, o mascote Furacão era apresentado ao torcedor alvinegro  no Estádio orlando Scarpelli, antes da partida com o Marcílio Dias, em jogo válido pelo campeonato catarinense. E ele sempre esteve lá. Festa do acesso, nos títulos estaduais, em grandes jogos da série A do brasileiro. O Furacão foi peça fundamental em muitas ações realizadas pelo clube. 

Mas de um tempo pra cá o mascote sumiu. Se ainda existe, por onde anda? Será que o Figueirense vai se tornar o clube do já teve?

FIGUEIRENSE QUASE CEM

Dia 12 de Junho, dia de comemorar o aniversário do time de maior torcida em Santa Catarina. São 97 anos de história, história essa repleta de momentos de alegrias e tristezas, onde só o futebol pode proporcionar.

E para celebrar mais um aniversário do Figueirense Futebol Clube, nada melhor do que um jogo diante da sua torcida dentro de sua casa. Pela Série B, o alvinegro do Estreito enfrenta a equipe do Sampaio Corrêa, o jogo é de fundamental importância, os três pontos garantem a equipe alvinegra no G-4. Mas para vencer, o Figueirense vai precisar deixar o psicológico de lado, já que o time comandado pelo técnico Milton Cruz não vence dentro de casa ha três jogos. A última vitória foi diante do BOA em 27 de Abril, jogo válido pela terceira rodada.

Voltando a data comemorativa, podemos destacar o orgulho de ser alvinegro. Por tudo que já conquistamos e por tudo que nós torcedores já presenciamos. O clube pode ter dinheiro, o clube pode ter arena, o clube pode ter uma política. Mas o clube sem torcida não tem nada. Comemore torcedor alvinegro, você é a razão da existência do Figueirense Futebol Clube.